Novas Práticas para Novos Tempos

      Na nossa prática pedagógica procuramos sempre nos aprimorar quanto ao conteúdo que precisamos trabalhar em sala de aula, nos envolvemos em discussões e ações que promovem a valorização do professor e em lutas por melhores condições de trabalho. Tudo isso faz parte da docência.
      Compreendemos que também faz parte da docência a pesquisa. O conhecimento não está cristalizado e ainda estamos na época de quebrar paradigmas, de descobrir novas fontes, de criarmos novos recursos e tudo isto demanda pesquisa. O professor que não é pesquisador em sua prática docente corre um sério risco de se perder no tempo, de não acompanhar as inovações de sua própria disciplina e interesses.
      Partindo desta premissa é que queremos propor um desafio às educadoras e educadores que nos leem:
      -  Que tal pesquisarmos aqueles que povoam nossa sala de aula, que por vezes nos incomodam com seus celulares e gírias que demoramos em compreender, que possuem uma cultura musical, visual e de comunicação muito diferente da nossa.
      Muito se fala sobre esta geração, que são superficiais, consumidores sem consciência, que sua cultura musical é pobre, que não possuem perspectiva de futuro entre outras avaliações pessimistas.
      Lemos muito sobre o potencial de comunicação desta geração e como este potencial pode ser utilizado para a mobilização (rolezinho por exemplo) , discussão e construção de identidade.

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      O que estamos propondo é uma análise mais otimista da geração de nossos alunos. Vejo que são menos preconceituosos do que a minha geração, possuem mais ferramentas e vontade de produzir algo importante, querem deixar sua marca no mundo, querem falar sua opinião para o maio numero de pessoas possível, querem influenciar, querem ser ouvidos.
      Será que os estamos ouvindo?
     Nossos alunos produzem e muito utilizando as novas tecnologias que a WEB 2.0 disponibiliza, com as redes sociais expressam sua opinião, criam vlogs, blogs, comunidades e grupos para tornar públicas suas impressões acerca de diversos assuntos significativos para sua geração, possuem e valorizam as novas formas de agrupamento que os aplicativos de comunicação proporcionam e tudo isso fora da sala de aula.
Para confirmamos isto basta solicitarmos um trabalho a ser entregue, podemos estipular data de entrega e assunto, mas não as ferramentas e formas de apresentação. Confirmei na experiência que 99% dos meus alunos utilizaram novas tecnologias para apresentarem suas produções.
Pequenos monges chineses visitando museu de tecnologia SK Telecom Ubiquitous em Seul, na Coreia do Sul. 

      Se você ainda não está convencido de que em nossa aula devemos nos apropriar das novas tecnologias realize esta pesquisa. Estude quais são os interesses dos nossos alunos, quais são seus sonhos, quem são os mais populares e porque o são, quais são os ambientes de comunicação em que eles estão inseridos. Pesquise e você reconhecerá a importância das novas tecnologias no cotidiano destes adolescentes, descobrirá um mundo novo de possibilidades que pode e deve ser incorporado a nossas aulas para que elas sejam significativas para nossos alunos. As culturas juvenis da atualidade estão permeadas de tecnologia e signos novos, nós precisamos nos apropriar de toda essa gama de possibilidades para interagir e produzir Sentido, ampliar os horizontes e nosso potencial critico em parceria com nossos alunos.
       Bem, o desafio está lançado! 
     E o Projeto Professor Wifi é um dos seus anfitriões sempre que esse debate for levantado e também para ouvir suas experiências, posições e ideias para que todos possamos aprender cada vez mais!

                                                                                                                      por Denise Desiderio

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