Conheça o Class Dojo, aplicativo pra ajudar na indisciplina

Olá colegas! Uma amiga nossa chamada Paola Pidleski, coordenadora pedagógica daquelas que fazem muito bem o seu serviço, nos falou sobre o aplicativo Class Dojo a algumas semanas atrás. Eu lembrava de já ter ouvido falar sobre, mas nunca tinha tido nenhum contato com este app até então.


Semana passada, rolou um daqueles papos de sala dos professores, conversando sobre indisciplina e tal... sempre acontece neh!?

Daí que fiquei de procurar alguma ferramenta que pudesse auxiliar nesse que é um assunto tão importante e cada vez mais recorrente em nossa rotina na escola, que é a indisciplina.
Foi quando lembrei do app que a Paola tinha falado...

Eu e Denise acreditamos que um fator importantíssimo para iniciar um caminho de nossas escolas rumo a dias melhores é a aproximação da comunidade com a escola, digo a comunidade em geral que cerca o colégio e tal, mas em especial os pais dos alunos.

E esse aplicativo, ele trabalha justamente nesta união do trabalho do professor com o acompanhamento do pai.

É um programinha super fácil de se manusear e que se baseia basicamente em dar pontos positivos ou  pontos que precisam ser trabalhados aos alunos, e o pai recebe automaticamente tais comentários e pode assim acompanhar bem mais "de perto" a vida dos filhos!

Claro, a utilização depende da realidade de cada um e provavelmente em alguns casos precisará de alguma adaptação.

Acompanhe nas imagens abaixo:
Primeiro clique no alto a direita em "configurações de perfil" para trocar o idioma para português

Acerte Idioma&Fuso Horário

Depois de fazer o cadastro, você começa a montar sua sala. Dê um nome para a sala e selecione a série.

Você pode inserir o nome dos alunos manualmente ou carregar de um arquivo de Excel. Daí vc escolhe um avatar para o aluno, que pode ser mudado pelo próprio aluno, quando ele estiver logado.
O aplicativo permite o cadastro e acesso dos respectivos alunos e pais.


Depois disso você cadastra o endereço de e-mail dos pais

Então você verá que existem já umas ações pré gravadas. Repare abaixo que o professor do jovem Johnny Deep tem algumas opções... em verde(fez tarefa/participativo/trabalhando duro) e em vermelho (não está fazendo tarefa ou está atrasado/falando fora de hora/despreparado).


Estas posições podem ser completamente editadas, para o professor se adequar a qual tipo de observação irá fazer
.
Por exemplo


Os aspectos positivos que vem previamente colocados podem ser completamente editados
Repare que criamos aqui a observação positiva "Conciliador"
Aqui criamos o fato observado que precisa ser melhorado "Sem Uniforme"
Fatores que precisam ser melhorados também podem ser editados

Daí os pais recebem em tempo real ou via e-mail todos estes fatos apontados sobre os filhos!

Acredito que muitos percebem que a ausência, ou distanciamento, dos pais da vida escolar dos filhos é um fator importante no rendimento e aproveitamento dos alunos, além de ter relação direta com a disciplina demostrada pelos alunos... ou falta dela!!!

Não conheço ainda alguém no Brasil que usou... na internet encontrei professores estrangeiros que usaram e todos dizem que a principal diferença é no fator disciplina.

Algumas desvantagens também foram apontadas:
-Incentiva recompensas externas
-Pontuar com cliques o comportamento minimiza o caráter individual e subjetivo do aluno.
-Expor pontos negativos pode ser humilhante. (o aplicativo pode ser configurado para não expor as pontuações, mas não sei se o professor sabia disso)
-Alunos podem ficar exigindo pontos positivos para sí ou negativos para outros alunos.

Bem, a discussão está lançada! E que seja enriquecedora!!


Clique abaixo e veja as opiniões.
Para traduzir as páginas, use o google tradutor ou o próprio tradutor do navegador

Site 1 - gettingsmart.com
Site 2 - larrycuban.com
Site 3 - davedogson.com

Realmente acredito que a proximidade dos pais ao cotidiano escolar dos filhos tem muito a agregar, melhorando em vários aspectos o convívio entre professores e alunos e trazendo mais segurança para professores em muitas situações, inclusive no que se refere à indisciplina ou violência escolar!

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Se alguém por aí já usa o aplicativo, deixe-nos sua impressão no espaço abaixo!!

Se ainda não usou, conte o que achou da ideia!!

Se acha que pode este artigo pode ser útil para outras pessoas, compartilhe!!!

Vamos nos falando!

Grande abraço!!!

ATUALIZAÇÃO 22/05 18:42

E aqui as considerações da Coordenadora Paola Pidleski, aquela que eu citei no início do artigo:


"A única coisa que eu acrescentaria neste artigo, são outras possibilidades positivas que o programa pode trazer. A partir desta ferramenta o docente pode também discutir éticas e valores. Eu acredito que é interessante deixar claro que as ferramentas podem ser utilizadas de diferentes maneiras. Positivas e negativas para a formação dos indivíduos. Elas podem, por exemplo, apenas ter a intenção de domar os corpos, expô-los, tirando suas identidades, formatando-os de acordo com um ideal de comportamento escolar, ou elas podem propor a discussão das éticas e valores que permeiam as relações humanas no espaço educativo. Sobre solucionar a questão da indisciplina, fico com receio de que a galera (professores) se iluda acreditando que o “programa” irá solucionar completamente a questão. Porque a verdade é que este problema é mais profundo. 



Alguns alunos podem querer subverter o jogo. Fazendo com que os pontos negativos sejam mais bem vindos do que os positivos. Isso realmente pode acontecer. Não existe um “programa de computador” ou uma fórmula mágica que dê conta de formar o comportamento humano se não for por meio de discussões que envolvem valores e éticas. E não são somente os valores e as éticas docentes. São os valores e éticas individuais e coletivas. De qualquer forma, vale a pena conhecer a ferramenta e tentar ressignificá-la com os alunos, para que a formação cidadã, crítica e consciente dessa moçada aconteça. 


Ao usar o programa, indico ao professor o seguinte: que construam com os alunos os critérios para a pontuação positiva e negativa. Quem ganha o que e quando? Por que estamos estabelecendo estes critérios para determinadas atitudes? Ou seja, porque estamos estabelecendo essa regra? Ou critério? Isso beneficiar a quem? Ao professor? Ao aluno? Ao grupo? 

E com o passar do tempo, inclusive discutir se premiar os alunos por comportamentos "adequados", de acordo com que o grupo estabeleceu, é uma forma eficaz de compreendermos o outro e de convivermos juntos. Precisamos realmente ser premiados desta maneira? Ou a boa convivência com o outro pode ser uma boa premiação? Mas a construção destas reflexões demandam tempo, paciência e crença de que é possível fazer diferente. 

O programa pode ser uma ferramenta utilizada para que os alunos se enxerguem como grupo e como indivíduos com autonomia de escolhas. Envolvendo as limitações e habilidades individuais e coletivas. Ou o programa pode ser uma ferramenta de barganha e, daí então, ficamos no mesmo, na superficialidade do problema. Mas uma coisa é inegável, esta é uma linguagem que muitas crianças e adolescentes compreendem. O jogo. A virtualidade. O brincar. Por isso pode ser positivo e um ponta pé para muitas discussões".










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